domingo, dezembro 31, 2006

Três beijos no papai


31 de dezembro de 2006.

Era um sábado, dia 16 de dezembro. A Clau deitada, descansando, e eu cheguei ali ao lado. Acariciei a barriga, pensei na Gabriela que estava logo ali, pertinho de mim, encostei meu rosto, meus lábios, e dei um beijo bem forte. Pluc! A Gabi pulou, talvez me empurrando.
- Ela deu um beijo no papai! - eu exclamei empolgado.
A Clau riu e disse que ela havia era tomado um susto e me empurrado.
Dei outro beijo igual. A bebê reagiu da mesma maneira.
- Outro beijo no papai!
A Clau reclamou do empurrão e continuou dizendo que ela não estava me beijando.
Dei o terceiro beijo.
- Três beijos no papai! - fiquei todo animado e brincando.
O Felipe e a Aline não estavam em casa. Quando chegaram eu já fui logo contando dos três beijos que ganhara. O Fe não ligou muito. A Aline duvidou e queria saber como a Gabi havia me beijado. Não contei. Dias depois ela descobriu porque ganhou um beijo igual.

P.S. A foto (posterizada) não é daquele dia. Coloquei este beijo que dei na barriga apenas para ilustrar.

sábado, dezembro 30, 2006

Arte no sobrenome


30 de dezembro de 2006.

Na mesma semana, de 10 a 16 de dezembro, dois fatos com os dois avôs.
Primeiro foi o avô materno. Veio nos visitar e conversa vai, conversa vem, perguntou qual será o sobrenome da Gabriela. A Aline, mais do que depressa, já foi se antecipando a qualquer um que fosse dar a resposta:
- Gabriela Wada Torres!
O avô não comentou nada, mas a fisionomia denunciou: não gostou muito. Seu sobrenome estava fora dos planos.
O segundo fato já foi com o avô paterno. Eu e a Clau já havíamos dado a ele o endereço do fotoblog da Gabi e, naquela semana, fomos nós visitá-lo. Ele não perdeu a chance:
- Eu vi o fotoblog, mas quero dizer uma coisa...
Cutuquei a Clau, que estava distraída, para que ouvisse. Eu já tinha certeza de que falaria do sobrenome. E ele continuou:
- Por que só o Torres? Todos os meus netos têm meus dois sobrenomes...
Até tentei falar alguma coisa, mas não consegui. Eu sabia que qualquer explicação não convenceria. Apenas sorrimos, eu e a Clau.
É difícil agradar a todos. A Gabriela teria que ter quatro sobrenomes. Muito, né? É, mas eu sei que tem gente que não acha...

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Em três dimensões


29 de dezembro de 2006.

Estávamos curiosíssimos para ver as feições da Gabriela...
A Clau encontrou um laboratório com uma promoção que vinha a calhar: a partir da trigésima semana de gestação, com um pedido médico de ultra-sonografia com doppler, ganharíamos uma 3-D. Foi para lá mesmo que fomos. Gravamos tudo em DVD.
Com 30 semanas e 1 dia de gestação, de acordo com os cálculos, fomos para a sétima ultra-sonografia. Era dia 8 de dezembro.
A Gabriela estava com um comprimento corpóreo de 38 centímetros, pesando 1.518 gramas e com uma freqüência cardíaca de 148 batidas por minuto.
O tal do 3-D não foi completo. Em três dimensões mesmo vimos apenas o rosto, mas ficamos muito felizes. A Clau achou que o nariz estava grande. Eu já achei tudo lindo: o rosto, o nariz, a boca, a mãozinha que não saiu da testa. Gabi estava lá, dormindo num sossego só. O médico bem que quis atrapalhar o sono, mas ela nem ligou muito.
Um beijo na boquinha da Gabi!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Com qual se parece mais?


28 de dezembro de 2006.

No mesmo dia 26 de novembro, quando voltamos da rua, resolvi fazer uma brincadeira. Tudo começou depois do pezinho de 54 milímetros que vimos na sexta ultra-sonografia. A mamãe cismou que o pé da Gabriela se parecia com o meu. Disse que o dedão era igual. Eu já sabia que não era, ainda mais considerando meu pé torto. O dedão parecia, sim, com o da Clau.
A proposta foi fotografar todos os pés, na mesma posição em que apareceu o da Gabi na ultra-sonografia, e comparar através de uma montagenzinha básica no computador. Bem, o resultado está aí. Com qual pé o da Gabriela se parece mais? Eu continuo achando que é com o da mamãe. O da Aline também é bem parecido...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Abraços


27 de dezembro de 2006.

Já não me lembro para onde íamos. Lembro apenas que tínhamos algum compromisso, e acho que era alguma programação na escola das crianças.
Eu estava munido da câmera e, como sempre, saindo de casa em cima da hora. Mas... mais uma foto da barriga da mamãe! Desta vez a Aline foi dar um abraço na Gabriela. O Felipe também foi chamado para outra foto mas estava mal humorado. Depois o papai aqui também quis um abraço, claro! A Aline foi a fotógrafa. A foto até que ficou muito boa, a não ser pela minha cara... Mas, atrasados, vamos embora!
Estava registrado mais um estágio da barriguinha, no dia 26 de novembro, entrando na vigésima nona semana de gestação.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Presentes!


26 de dezembro de 2006.

Logo que as pessoas, família e amigos, souberam que o bebê era uma menina, começaram a chegar os primeiros presentes: roupas, mantas, água de colônia Mamãe e Bebê, babadores, porta-fraldas, além da tartaruga que já apareceu em outro post.
A mamãe e o papai também sairam para algumas comprinhas básicas: mais roupinhas e depois fraldas. Ah, as fraldas! Quantas fraldas ainda serão compradas...
No dia 7 de novembro, a Clau e eu decidimos fotografar tudo. As fotos não ficaram tão boas, talvez por causa da iluminação, talvez por termos optado por fotografar num fundo cor de rosa. Mesmo assim, penso que deveria mostrar tudo aqui. Hoje, porém, só vai a foto de três roupinhas. Fotografarei mais uma vez o restante, até porque depois daquele dia, mais presentes e mais compras vieram fazer parte do enxoval.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Alegria multiplicada


25 de dezembro de 2006.

Chegou o dia da sexta ultra-sonografia: 6 de novembro. Embora já soubéssemos que o sexo do bebê era feminino, ainda queríamos confirmar. Sim, e por uma razão: a Clau, quando grávida pela primeira vez, tinha confirmação até o oitavo mês de gravidez de que seria uma menina. Na última hora: Felipe. Chegou um menino.
Lá fomos nós e logo perguntamos. Veio a confirmação: a Gabriela é quem está a caminho. Multipliquei minha alegria. Ela estava com 913 gramas e comprimento corpóreo de 31 centímetros. Ah, e o pé! O pezinho que nós adoramos estava agora com 54 milímetros. Lindo!
A Clau estava com 26 semanas e 2 dias de gestação.
Um beijo no pezinho mais lindo do mundo!

domingo, dezembro 24, 2006

Crescendo e se mexendo


24 de dezembro de 2006.

Dez dias depois da última foto, uma nova da barriga da mamãe. Foi no dia 4 de novembro e ela já estava entrando na vigésima sexta semana de gestação.
Bem, este cálculo do tempo de gestação a gente nem entende direito. Nas nossas contas há sempre uma semana de diferença. E para menos. Mas, quem somos nós que nem estudamos medicina e muito menos somos computadores para calcular, né?
Voltando à barriguinha, vejam que linda! Crescendo, crescendo. E a Gabriela lá, cada vez mais se mexendo e se mexendo...
Lindas! A mamãe e a filhinha!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Desenho complementado


21 de dezembro de 2006.

Depois que soubemos, a Clau e eu, da gravidez, achamos por bem não sair espalhando a notícia aos quatro ventos. Guardamos por um tempo e fomos apenas curtindo a dois o presente que ganhamos de Deus.
Dias foram e começamos a dar a notícia. Lentamente, pessoa a pessoa. O detalhe é que deixamos para contar para a Aline por último. Sabíamos que ela divulgaria mais rápido do que a televisão. Exagero? É, talvez. Talvez até injustiça. Claro, é também uma brincadeira. Mas, propositadamente ela ficou como a última a saber da nova irmãzinha.
No dia seguinte, quando fui buscá-la na escola, recebi muitos "parabéns, mande um beijo para a Claudia". A notícia de fato se espalhara.

Não sei se reparei com a devida rapidez, mas depois que a Aline soube da Gabriela, voltou àquele desenho colocado na geladeira. Logo que vi, fotografei. Era 26 de outubro. Como já mostrei o desenho original posts atrás, resolvi mostrar também a versão atualizada. Continua lindo, sensível, carinhoso, reflexo de um sentimento puro de uma criança. Mostra nossa família e o amor que temos no lar. Não é necessário sequer explicações sobre duas Gabrielas no desenho... Lindo, Aline!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Barriga da mamãe


20 de dezembro de 2006.

Já estava na hora de uma segunda foto da barriga da mamãe. Aliás, se o papai aqui tivesse tomado o cuidado de registrar desde o início da gravidez, semana a semana, para acompanhar o desenvolvimento, teria sido muito mais legal.
A Clau já estava na vigésima terceira semana de gestação. É lindo ver o milagre de um bebê crescer, pensar em milhões de células se multiplicando e gerando orgãos, tecidos, músculos, ossos, sangue...
Gabriela, quanto a gente espera para você nascer! E olhe como sua mamãe é linda!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Segredo desvendado


18 de dezembro de 2006.

O primeiro texto deste blog, na verdade, já trouxe a notícia e refletiu meus sentimentos sobre o que ocorreu no dia seis de outubro. Foi a quinta ultra-sonografia e o segredo foi desvendado: uma menina! Era este o sexo escondido do bebê.
Foi um exame morfológico e a Clau estava com 21 semanas e 3 dias de gestação. Dá para se notar que a ansiedade era realmente grande para descobrir o segredo. Esta quinta ultra-sonografia aconteceu apenas oito dias depois da que a antecedeu.
Gostamos de pezinhos de bebê, eu e a Clau, e aí vai mais uma foto. O comprimento do pé da Gabi era de 39 milímetros. Já pensou que pequenino?
Nosso amor estava pesando 457 gramas. Nossa! Noventa e um gramas em apenas oito dias! Como cresce rápido!
Volto a dizer: foi um dia especialmente emocionante na minha vida. Minha sonhada menina está a caminho, minha Gabriela. Nossa Gabriela, melhor dizendo. A mamãe não pode ficar com ciúmes.

domingo, dezembro 17, 2006

Papai vira criança


17 de dezembro de 2006.

Cheguei em casa naquela tarde de 7 de outubro e fui preparar um café. Sentei à mesa, na cozinha, e comecei a mexer no que estava ali. Junto a um porta-fraldas de madeira havia uma caixa de brinquedo. Abri e vi que era um tipo de quebra-cabeça para criança. Quatro peças apenas, coloridas, que formavam uma simpática tartaruga. Desmontei, montei, desmontei de novo, montei mais uma vez. Fiquei ali brincando, me divertindo até, e pensando na Gabriela. Imaginei o futuro: eu no chão com ela, montando e desmontando, montando e desmontando. Imaginei a Gabi sorrindo, rindo, jogando as peças, brincando, feliz.
Adorei o presente. Resolvi fotografar para guardar de lembrança. Um dia a Gabriela lerá estas minhas palavras e saberá que eu brinquei antes dela. Saberá que eu imaginei alguns de nossos momentos e saberá que desde cedo já os imaginei felizes.
Este, Gabriela, foi o primeiro brinquedo que você ganhou.

sábado, dezembro 16, 2006

Doutora com pressa


16 de dezembro de 2006.

Era a tarde de 28 de setembro. Na sala de espera ficamos um bom tempo, diferentemente das vezes anteriores. Quando fomos chamados e entramos para a quarta ultra-sonografia, a enfermeira já nos informou que demoraria um pouco. O movimento daquele dia estava maior do que o de costume. Tão logo um médico ou médica desocupasse viria nos atender.
Após mais uma espera, chegou. Apresentou-se, colocou o vídeo-cassete para gravar e começou. Estava com pressa a doutora. E nós, bem, nós naquela ansiedade para saber o sexo do bebê. A pressa dela não combinou com nossa ansiedade. Ela até que tentou, mas o bebê estava com as pernas fechadas. Mais uma vez. E se foi a quarta ultra-sonografia.
Saímos com um sentimento de termos sido mal atendidos.
A Clau estava, segundo os cálculos, com 20 semanas e 5 dias de gestação. O peso do bebê estava em 366 gramas e o comprimento corpóreo em 21 centímetros. Nossa, grandinha já, né? Ah, e os batimentos cardíacos: 162 batidas por minuto!

P.S. "fomos chamados" é pura intromissão da minha parte. Afinal, quem foi fazer o exame e foi chamada foi a Clau, não eu.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

A barriga crescendo


14 de dezembro de 2006.

A Clau já estava na décima nona semana de gestação.
Como desde o início da gravidez, continuava pesquisando sites na Internet sobre o assunto. Descobriu e aprendeu muita coisa: o estágio de desenvolvimento do bebê semana a semana, filmes computadorizados que mostram cada fase, cuidados que se deve ter, alimentação indicada, exercícios (apesar dela não fazer) e... blogs! Sim, vários pais (mais mães do que pais) que fazem blogs e contam a vida de seus filhos, de lindos bebês que já nasceram ou irão nascer. Agora era fazer um também para o nosso, né? Não é legal? Claro que é!
Bem, em vários destes blogs encontrados, fotos das barrigas das mamães. Puxa, e nem fotografáramos ainda a barriga... A desculpa de que ainda estava pequena não valia. Deveríamos, sim, ter fotos desde a barriga-zero (ou seria zero vírgula alguma coisa?).
Fotografamos: 19 semanas e 4 dias, exatamante uma semana após a terceira ultra-sonografia. Mesmo atrasadinhos, ainda valia muito o registro.

3ª ultra-sonografia


14 de dezembro de 2006.

Chegou o dia da terceira ultra-sonografia. A expectativa continuava grande para saber o sexo do bebê.
Foi um outro exame lindo. Batimentos cardíacos em ritmo de alegria, movimentos ativos do bebê normais. Cresceu ainda mais, claro! Estava pesando, agora, 265 gramas. Mas... feto sentado. Sem mostrar nada de sexo masculino ou feminino. Vimos o rosto, de perfil, vimos os lindos pezinhos, e saímos apenas com a impressão de que seria um menino. Afinal, tradição da família do papai: homens.
A mamãe já estava com 18 semanas e 4 dias de gestação.
Família, amigos, vizinhos, todos perguntavam:
- Já sabem se é menino ou menina?
- Não!
Uns até duvidavam. Achavam que estávamos escondendo, que não queríamos contar para ninguém.
- Escondendo? Quem está escondendo é o bebê! - eu respondia.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Beijinhos para a mamãe e para o papai


12 de dezembro de 2006.

A segunda ultra-sonografia foi feita no dia 9 de agosto. Naquela altura, a Clau já com 13 semanas e 4 dias de gestação, segundo os cálculos, já queríamos saber o sexo do bebê. Mas, doce ilusão. Ainda não era possível ver.
Já tinha crescido e já estava pesando 93 gramas. Puxa, que rápido!
Mesmo sem saber o que todo mundo queria saber, saímos felizes por estar tudo normal, batimentos cardíacos e movimentação ativa presentes e normais.
Das fotos da ultra-sonografia, destacamos esta aí de cima: a Gabriela com a mão na boca, parecendo mandar muitos beijinhos para a mamãe e para o papai. Linda!
Linda também a nossa imaginação, né? Pensar e acreditar que eram muitos beijinhos. Mas eram!

domingo, dezembro 10, 2006

Emoção na Primeira Ultra-sonografia


10 de dezembro de 2006.

Contei que visitamos o Doutor Moraes no dia 8 de junho. Ele riu conosco, se divertiu com a notícia e claro, já acreditou no resultado do teste de farmácia. Não solicitou exame de sangue para confirmação. Já foi logo pedindo a primeira ultra-sonografia, dando os montes de recomendações, receitando vitamina.
A primeira ultra-sonografia foi no dia 29 de junho. Entrei com a Clau. Apesar de ter dois filhos, eu jamais entrara para acompanhar este exame. Fiquei boquiaberto, ou em outra palavra, bobo mesmo. Quando o médico ligou o som para ouvir os batimentos cardíacos, meus olhos encheram-se de lágrimas. Foi, para mim, emocionante. Emocionante mesmo confirmar que seria papai outra vez.
O bebê, que o laudo do exame chama de polo embrionário, media 13 milímetros. Que pequeno! A gravidez estava estimada em 7 semanas e 5 dias.

Lar


10 de dezembro de 2006.

Estávamos vivendo o mês de maio. Talvez até estivéssemos ainda no mês de abril. Parece que voltei mais ainda no tempo em relação ao post anterior. O fato é que certo dia, observei uma novidade na geladeira. Lá no meio de vários ímãs, um desenho. A Aline, 7 anos de idade, havia expressado sua visão do lar: "Isso é legal".
Achei o desenho lindo, puro, fruto de um sentimento que ela tem lá no fundo do coração. Maravilhoso ler "Papai Ju", ver junto a Mamãe, o Felipe e até a Sandy, a cachorrinha, e interessante notar a figura da vovó que, na verdade, não mora conosco mas está sempre presente. Resolvi fotografar para guardar de lembrança. Tirei da geladeira, fotografei e voltei com ele para o mesmo lugar. Eu não sabia que mais tarde o desenho seria modificado. Aparecerá em algum post futuro...

sábado, dezembro 09, 2006

Voltando um pouco...


9 de dezembro de 2006.

Bem, comecei este blog com um texto que escrevi logo que soube o sexo do bebê. Foi empolgação.
Mas voltemos um pouco no tempo: junho, precisamente no dia sete. A menstruação da Clau estava atrasada e ela já desconfiada. Sonhou com o Doutor Moraes à noite: ele trazia a notícia de um bebê. O negócio foi correr para a farmácia mais próxima e comprar um daqueles testes de gravidez.
A ansiedade era grande e o teste logo foi realizado. Estava certo: bebê à vista!
Dia oito e o Doutor já foi visitado. É, assim, sem muita burocracia com marcação de horário, sala de espera e afins. Entrei junto, no consultório. O que ouvi? Um sonoro "parabéns!". É, serei papai outra vez. Agora era esperar para saber: outro menino ou minha primeira menina?
O próprio título do blog já desfaz o mistério, que aqui já não existe.

Finalmente!


10 de outubro de 2006.

O ultra-som foi na sexta, dia 6. Não, não demorei para escrever. É que apenas hoje ficou pronto o resultado. A Clau andava ansiosa por saber o sexo. Não só ela, aliás. Muitas pessoas perguntavam. Perguntavam novamente quando num segundo encontro, num terceiro... E nada!
É, minha família é assim mesmo: homens. Tenho apenas uma irmã e duas primas. Irmãos? Dois. Primos? Dez. Sobrinhas? Apenas uma. Sobrinhos? Seis, além dos meus dois filhos, o que dá oito. Conclusão: falei de quatro mulheres e vinte e um homens, contando comigo. É o quíntuplo! Eu, porém, ainda tinha esperança de uma menina, da minha sonhada menina.
Pouco mais que adolescente apaixonei-me por ler Machado de Assis. Lá, numa das obras, encontrei o nome Marcela. Apesar de não gostar muito do masculino, o nome me soou lindo. Combinava, no meu entender, com uma menina, com uma adolescente, com uma senhora. Nome forte, marcante, fino. Cheguei a escrever algumas palavras sobre o sonho de minha Marcela, palavras estas que não tive o cuidado de guardar.
Passaram-se os anos e descobri os nomes terminados em “ela”. Acho todos bonitos: Marcela, Gabriela, Rafaela, Isabela... Ela, porém, não veio.
Voltemos à sexta-feira, dia 6. O médico deu uma primeira olhada e disse achar ser uma menina. Disse que voltaríamos mais tarde. Ultra-som vai, ultra-som vem, voltamos.
- É uma moça mesmo.
- É certeza, doutor? – perguntei.
- Sim! Como eu já havia dito: é uma moça.
Finalmente se deixou ver! Quando saímos da sala eu não me continha de alegria. Conseguia sentir o meu rosto aberto, no sorriso mais largo que já pude dar em toda a minha vida. Fui ver minha cara num espelho. Ria sozinho. A minha menina! Minha menina! Não será Marcela. O nome não agrada a mamãe. Será, então, Gabriela.
Gabriela.
Gabriela, eu amo você! Muito!
Um beijo com carinho,
Papai.